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O caso das estratégias integradas de segurança de aplicações e APIs

Lori MacVittie Miniatura
Lori MacVittie
Published August 09, 2023

É evidente que a segurança de aplicações e APIs se tornou mais especializada. As APIs não são mais apenas pontos de entrada baseados em identificador uniforme de recursos (URI) em uma aplicação. Elas cresceram e se tornaram uma entidade separada com suas próprias necessidades de segurança.

A maioria dessas necessidades está relacionada à natureza das interações da API. Ou seja, as APIs precisam ser autorizadas por transação. Nas aplicações, que geralmente implementam a autorização por sessão, isso é bem diferente.

A taxa de interação também é maior para APIs, assim como várias outras características que trazem desafios específicos para a proteção das APIs.

 

  Aplicação API
Fluência no formato de mensagem HTML, JSON, XML ProtoBuf, JSON, GraphQL, binário, XML, formatos de dados
Interações Mudança estática e infrequente Mudança dinâmica e frequente
Dados Estruturados, transacionais Não são estruturados, contínuos e transacionais
Usuário Pessoa Software, pessoa
Agente do usuário Navegadores, aplicações Software, dispositivo, scripts, aplicações, navegadores
Autenticação Com base em sessão Com base em transações (mais do tipo ZT)
Fluência de protocolo HTTP/S, QUIC gRPC, WebSockets, HTTP/S, QUIC

Uma comparação de aplicações e APIs ilustra as diferenças que causaram a divergência nas necessidades de segurança. 

Dito isso, existem riscos de segurança comuns a aplicações e APIs que devem ser levados em consideração ao implementar soluções de segurança. Por exemplo, o Top 10 de segurança de APIs de 2023, atualizado recentemente, mostra de forma clara um subconjunto de riscos também inerente às aplicações:

  • Controles de autenticação/autorização fracos
  • Configuração incorreta
  • Abuso da lógica de negócios (credential stuffing, account takeover)
  • Server-Side Request Forgery (SSRF)

Além desses riscos, ainda há um número substancial de ataques direcionados à disponibilidade. Ou seja, ataques DDoS que são comuns a aplicações e APIs, já que geralmente compartilham as mesmas dependências de TCP e HTTP, ambos sujeitos a diversos ataques voltados a interromper o acesso e a disponibilidade.

Uma forma de enfrentar os desafios de proteger aplicações, APIs e a infraestrutura que os suporta é implantar várias soluções. Defesa contra bots e fraudes, proteção contra DDoS, segurança de aplicações e segurança de APIs. Embora isso enfrente, sem dúvidas, os desafios de segurança, traz desafios operacionais e torna várias tarefas relacionadas à segurança, como gerenciamento de mudanças de políticas e reação a ameaças que afetam aplicações e APIs, mas complexas. A complexidade não é apenas inimiga da segurança, mas também da velocidade.

A velocidade de resposta a ameaças emergentes é um dos principais fatores que estimulam a adoção da Segurança como Serviço, segundo a nossa pesquisa anual. Cada solução que requer um patch, atualização ou implantação de uma nova política para mitigar uma ameaça emergente aumenta o tempo e a possibilidade de haver uma configuração incorreta ou erro. Assim, o tempo para mitigar a ameaça aumenta com a complexidade, principalmente se uma organização opera em vários ambientes (TI híbrida) e usa soluções de segurança por ambiente. Não estou fazendo as contas para determinar se isso é um crescimento linear ou exponencial porque, honestamente, qualquer coisa que aumente o tempo de resposta a uma ameaça iminente não é algo positivo.

É por isso que a melhor opção é combinar soluções, compartilhando o gerenciamento operacional e de segurança para funções voltadas a enfrentar ameaças. Assim, pode haver políticas de segurança específicas para lidar com esses protocolos e cargas exclusivas de aplicações e APIs.

Isso leva a uma estratégia integrada de segurança de aplicações e APIs, na qual funções comuns são compartilhadas com maior granularidade e especificidade aplicadas mais perto da aplicação ou API. Afinal, os bots são bots, e seu impacto na qualidade dos dados, no custo de entrega e no perfil de risco de aplicações e APIs é uma preocupação compartilhada. DDoS é DDoS. Operar o dobro de serviços para resolver o mesmo problema é ineficiente em todos os aspectos da métrica.

Uma estratégia integrada de segurança de aplicações e APIs faz sentido em termos operacional, financeiro e de arquitetura.